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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Pesquisa diz que "stress pontual" pode ser bom ao cérebro


Estudo da Universidade da Califórnia – Berkeley, publicado esta semana, sugere que situações pontuais de stress podem ser benéficas para o cérebro. De acordo com a pesquisa, o chamado stress agudo pode aumentar a produção de novos neurônios, principalmente, na região do hipocampo, responsável pela memória.

A equipe de pesquisadores chegou a esta conclusão após submeter um grupo de ratazanas à situações estressantes como choques nos pés, imobilização por 3 dias ou exposição a um ambiente estranho.





Segundo o artigo, o resultado foi que os ratos submetidos a tais situações apresentaram taxas maiores de um hormônio que tem ação semelhante ao cortisol humano (responsável, em linhas gerais, pelo controle de inflamações e níveis de estresse) do que os animais que não foram submetidos às mesmas condições.

Além disso, duas semanas após as situações de estresse agudo, o grupo percebeu um aumento na ativação de neurônios recém-nascidos relacionados à memória no grupo em questão, relata o estudo.

Em entrevista à agência de notícias da universidade, Daniela Kaufer, líder da pesquisa, afirmou que determinadas quantidades de stress podem ser úteis para nos levar ao que ela chamou de “nível ótimo” de estado alerta e desempenho cognitivo e comportamental.

Segundo os pesquisadores escreveram no artigo, “o stress é um mediador potente e essencial do comportamento dos mamíferos. A resposta adequada a um estressor percebido facilita a sobrevivência (...) e a propagação da espécie”.

No entanto, eles advertem: em grandes quantidades e rotineiramente, o stress pode ter um efeito contrário. “O stress crônico leva a uma série de consequências adversas à saúde”, afirma o estudo. Na lista, estão doenças cardiovasculares, depressão, obesidade e supressão da formação de novos neurônios.

por: Talita Abrantes
Fonte: Info Ciência

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