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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Imagens Espetaculares Capturadas pelo Telescópio Espacial Galex

A Nasa aposentou o telescópio espacial Galex. Veja a seguir algumas imagens capturadas pelo instrumento durante uma década de trabalho.

Esta é NGC 6744, uma das galáxias mais parecidas com a Via Láctea. A visão ultravioleta destaca a vasta extensão dos braços espirais e prova que a formação estelar pode ocorrer nas regiões mais externas das galáxias. A galáxia está na constelação de Pavo a uma distância de cerca de 30 milhões de anos-luz.

NGC 4565 é uma das galáxias mais próximas e brilhantes. É uma galáxia espiral localizada a cerca de 30 milhões de anos-luz de distância na direção da constelação da Cabeleira de Berenice.

Messier 94 é uma galáxia espiral localizada a cerca de 17 Milhões de anos-luz, na constelação dos Cães de Caça. Ela tem uma Galáxia espiral e um anel de estrelas no centro. As jovens estrelas brilham com luz ultravioleta e, portanto, aparecem brilhantes na imagem.

A galáxia de Andrômeda ou M31 é a mais próxima da nossa Via Láctea. Localizada a cerca de 2,5 milhões de anos-luz, seu disco se estende por 260 mil anos-luz, o que significa que um feixe de luz leva 260 mil anos para viajar de uma ponta da galáxia a outra. Para se ter uma ideia do tamanho, a Via Láctea possui 100 mil anos-luz de largura.

Essa imagem mostra um arco-íris na galáxia roda de carroça, a ESO 350-40. Isso foi possível a partir de observações do Galex (azul), do Telescópio Espacial Hubble (verde), do Telescópio Espacial Spitzer (vermelho) e do Observatório de Raios-X do Chandra (roxo)

Conhecida como “Olho de Deus”, a Nebulosa de Hélice teve essa incrível imagem capturada pelo Galex. O “Olho de Deus” foi descoberto no século 18. Desde então, ele é considerado uma das nebulosas mais próximas do planeta Terra e está a 650 anos-luz de distância.

Esta é outra imagem do "Olho de Deus", a partir da visão do Galex. Os telescópios espaciais costumam registrar imagens incríveis dessa região do universo, que fica na Constelação de Aquário.

Essa imagem mostra uma estrela com cauda de cometa. O excesso de velocidade deixou um rastro capturado pelo Galex. Essa cauda se estende por 13 anos-luz do Espaço.

Uma estrela fugitiva abre caminho através das profundezas nesta imagem do Galex. A estrela, chamada de CW Leo, percorre 91 quilômetros por segundo. Ela viaja tão rápido que é 265 vezes mais veloz do que a propagação do som na Terra.

Nessa imagem é possível observar finos filamentos de poeira e gás na nebulosa de Cygnus Loop. A nebulosa é um remanescente de supernova que fica a cerca de 1.500 anos-luz de distância. Ela é parte de uma enorme explosão estelar deixada para trás que ocorreu entre 5000 e 8000 anos.

Fonte: Info Ciência 

Lançamento de foguete no Maranhão? Ucrânia e Brasil negociam

cyclone

Brasília – Os governos do Brasil e da Ucrânia negociam um acordo para reforçar a parceria na empresa binacional Alcântara Cyclone Space para o lançamento do primeiro foguete, o Cyclone-4,  a partir do Centro de Lançamento de Alcântara 2, da Base de Alcântara (Maranhão), planejado para o final de 2014. A parceria existe desde 2003, quando a Ucrânia e o Brasil investiram no projeto. Pelas previsões da Agência Espacial Brasileira, o foguete ucraniano Cyclone-4 será o primeiro a ser lançado na base.

Paralelamente, os ucranianos indicam interesse em ampliar a cooperação em aviação e na importação de carne suína brasileira – atualmente, o país é um dos maiores importadores do produto. Esses são alguns temas em discussão durante a primeira visita oficial de um ministro das Relações Exteriores do Brasil a Kiev, na Ucrânia. O chanceler Antonio Patriota passa o dia na capital ucraniana para reuniões com o ministro das Relações Exteriores,  Leonid Kozhara

As viagens  anteriores de chanceleres brasileiros ao país foram para acompanhar presidentes da República. Patriota e Kozhara também avaliam a possibilidade de aprofundar acordos em educação e energia. Eles analisam ainda as questões relativas aos conflitos armados, como a proteção de civis em situações de conflito e o processo de paz no Oriente Médio.

Na primeira etapa das reuniões, predominou a questão da empresa  binacional Alcântara Cyclone Space. O Brasil e a Ucrânia querem fazer parte do restrito mercado de lançamento de satélites, no qual atualmente destacam-se a França, o Japão, os Estados Unidos, a China e Rússia. De 2004 a 2012, foram investidos pouco mais de R$ 582 milhões em infraestrutura e sistemas para o Centro de Lançamento de Alcântara. Nos próximos dois anos, a previsão do Programa Nacional de Atividades Espaciais é que R$ 176 milhões sejam empregados.

A Ucrânia é responsável por desenvolver e fabricar os equipamentos do foguete. Ao Brasil cabe a construção da infraestrutura física e de comunicações do Centro de Alcântara. Ainda não há data marcada para o lançamento do foguete, mas a intenção é que isso ocorra em 2014.

Os ucranianos também querem ampliar a compra de aviões da Empresa Brasileira de Aeronáutica.  O país já comprou 13 aviões da empresa, mas tem interesse em aumentar o volume. Em 2012, as relações comerciais entre o Brasil e a Ucrânia superaram US$ 1 bilhão, com superávit brasileiro de US$ 235,6 milhões. Desde 2001, os dois países mantêm reuniões regulares da Comissão Intergovernamental de Cooperação Econômico-Comercial, mecanismo que elabora recomendações para o desenvolvimento das relações econômicas.

Fonte: Info Ciência

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Ararinha-azul no caminho da DESExtinção graças à Ciência

O Plano de Ação Nacional para Conservação da Ararinha-azul, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), acaba de ganhar um reforço na luta para devolver a espécie, extinta na natureza, à Caatinga. A Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP) – instituição que mantém um programa de reprodução em cativeiro para as aves no Qatar e é parceira do Projeto Ararinha na Natureza – anunciou o nascimento dos primeiros filhotes da arara mais ameaçada do mundo a partir da técnica de inseminação artificial.

O sêmen de machos selecionados foi coletado e examinado por pesquisadores da AWWP e da Parrot Reproduction Consulting. As amostras viáveis foram inseridas nos ovidutos de fêmeas que estavam prontas para serem fecundadas. Sete ovos foram gerados e transferidos para uma incubadora imediatamente após a postura. Depois de sete dias foi constatado que dois deles continham embriões em desenvolvimento. Os ovos férteis foram separados e monitorados diariamente. Após 26 dias de incubação os filhotes nasceram.

“Há cinco anos, a inseminação artificial para a ararinha-azul era algo impossível. Graças aos esforços da Al Wabra Wildlife Preservation e da Parrot Reproduction Consulting esse feito se tornou realidade e nos deixa mais perto de reintroduzir a ararinha-azul na natureza”, destacou o coordenador de espécies ameaçadas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ugo Vercillo. Para ele, a inseminação artificial da ave é um grande passo no processo de reintrodução da espécie na Caatinga.

O primeiro filhote foi batizado de Neumann, uma homenagem ao veterinário Daniel Neumann, membro da Parrot Reproduction Consulting e especialista em reprodução do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul. “Já realizei muitas inseminações artificiais em psitacídeos nos últimos anos, mas nenhuma foi tão especial quanto essa com as ararinhas-azuis. Ainda garoto, acompanhei o desaparecimento da última ararinha-azul na natureza e era meu sonho estar envolvido com a conservação desta espécie. Agora fui a pessoa que realizou a primeira inseminação artificial com sucesso. Ainda é difícil entender, mas isto me faz bem”, conta o pesquisador emocionado.



A AWWP espera repetir a técnica de reprodução no Brasil em parceria com a Nest – responsável por dez das onze ararinhas-azuis que estão no país – e o governo brasileiro. Se tudo correr bem, a ararinha-azul pode sair da lista de animais extintos e voltar a colorir os céus da Caatinga.

Veja o vídeo em inglês que mostra o procedimento (Observação: são mostrados quatro filhotes: dois nasceram com a técnica de inseminação artificial e dois pelo método tradicional de reprodução)



por: Fábio Pachoal


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Como nasce uma super tempestade?

Um relato emocionante de como nascem as tempestades notáveis no meio-oeste dos Estados Unidos

"Há coisas que se aprendem na bonança", disse a escritora Willa Cather, acronista das Grandes Planícies, “e outras, na tempestade.” Embora não fosse sua intenção, bem que poderia estar se referindo ao clima da região. Todos os anos, essa área do meio-oeste dos Estados Unidos oferece um curso completo sobre as forças da natureza. De março a outubro,ocorrem ali milhares de tempestades notáveis. A meteorologia e a topografia conspiram para traçar murais turbulentos e quadros apocalípticos.

Quando o ar seco das montanhas Rochosas se encontra e desliza no ar úmido vindo do golfo do México, surgem as condições ideais para tempestades que podem destruir safras e propriedades, inundar estradas e cidades, matar animais e pessoas – o Serviço Nacional de Meteorologia americano registra dezenas de mortes a cada ano. Mas as tormentas também podem ser benfazejas, trazendo chuva aos campos ressequidos, vento a turbinas ociosas, nitrogênio gerado de relâmpagos ao solo desprovido de nutrientes.

                Movimento rapido das tempestades americanas
As tormentas se movem rapidamente. Esta, contudo, arrastou-se em uma comunidaderural por uma hora, carregada de eletricidade. “Nenhuma tempestade é igual a outra”, dizo meteorologista James LaDue. “Assim como um céu nunca é igual a outro.” ( Foto tirada em Guymon, Oklahoma)

Para documentar esses fenômenos que despertam temor e admiração, Mitch Dobrowner, um fotógrafo de paisagens inspirado em Ansel Adams e Minor White, juntou-se ao renomado caçador de tempestades Roger Hill, que já presenciou mais de 600 tornados. Nos últimos três anos, com a ajuda de dados obtidos por satélites, radares e outros equipamentos, os dois saíram em perseguição de 45 sistemas climáticos, através de 16 estados e 65 mil quilômetros, chegando às vezes a dirigir 1 500 mil quilômetros em um dia.

Fotografando em preto e branco, Dobrowner se interessa sobretudo pelas supercélulas, as mais raras tempestades. Um evento desses, diz Hill, “é a mais violenta e prolífica máquina de geração detornados que existe”. A supercélula precisa de quatro ingredientes: umidade, instabilidade atmosférica, corrente de ar ascendente e cisalhamento vertical do vento capaz de fazer girar a tormenta.


                Uma Supercélula, ou o início de uma tempestade épica
Não, não é espaçonave. É uma supercélula de baixa precipitação,“uma das visões mais belas nomundo do clima extremo”, diz o caçador de tornados Roger Hill. O fotógrafo Dobrowner contaque os dois perseguiram esta tempestade por 500 quilômetros. (Foto tirada em Clayton, Novo México)

Quando coincidem esses elementos, surge uma tempestade errática e dotada de estrutura única. Impelida por uma poderosa e giratória corrente ascendente, a supercélula pode se desviar do vento predominante, absorver ou dispersar outras rajadas em seu caminho e evitar a própria propensão a se extinguir através de precipitações, mantendo-se viva por períodos de até 12 horas.

Dobrowner e Hill veem as supercélulas como seres vivos: nascidas em condições adequadas, ganham força à medida que crescem, mudam de dimensão e formato, lutam pela sobrevivência e, afinal, morrem. Essa personificação não elimina o perigo. No Velho Oeste, conta Hill, as tempestades evocavam admiração e respeito. “É um privilégio fotografá-las”, diz Dobrowner. “Se é para me acontecer algo, que seja assim.”


                Nuvem de vórtice atinge Northfield, Minnesota, nos Estados Unidos, Tempestade
Nascida de uma supercélula, uma nuvem de vórtice assoma um milharal. (Foto tirada em Northfield, Minnesota)


                Tempestade a caminho de Lordsburg, Novo México
Similar ao cogumelo, uma tempestade de monção despeja um dilúvio sobre o deserto. A base desta nuvem pode estar pairando 3 mil metros acima do solo. (Foto tirada em Lordsburg, Novo México)

por: Jeremy Berlin

terça-feira, 21 de maio de 2013

Derretimento das geleiras é responsável por um terço do aumento no nível do mar


Pesquisa mostra que as geleiras do planeta perdem por ano cerca de 259 trilhões de quilos de gelo, que são jogados nos oceanos do planeta

Geleiras são massas de gelo de até 50.000 quilômetros quadrados que se formam sobre as partes terrestres do planeta. Apesar de serem imensas, elas representam apenas 1% do gelo terrestre do mundo. Todo o resto está armazenado nos chamados mantos de gelo, camadas maiores que 50.000 quilômetros quadrados só encontradas na Groenlândia e na Antártida. Uma nova pesquisa mostrou que, apesar de representarem uma quantidade tão pequena do gelo mundial, o derretimento das geleiras é responsável por um terço do aumento no nível do mar medido nos últimos seis anos. O estudo foi publicado na revista Science.

O novo estudo usou dois satélites lançados pela Nasa e expedições terrestres para fazer as medidas mais precisas até agora do quanto as geleiras diminuíram em decorrência do aquecimento do planeta. As medições mostraram que, entre 2003 e 2009, elas perderam 259 trilhões de quilos de gelo por ano. Essa água, jogada nos oceanos, seria responsável por aumentar o nível do mar em 0,7 milímetro ao ano — cerca de 30% de todo o aumento detectado no período. “Pela primeira vez, nós fomos capazes de medir muito precisamente o quanto essas geleiras estão contribuindo para o aumento do nível do mar. Esses corpos menores estão perdendo quase tanta massa quanto os grandes mantos de gelo”, disse Alex Gardner, pesquisador da Universidade Clark, nos Estados Unidos.

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O estudo se baseia em dados colhidos pela Universidade do Colorado, que mostra que o nível do mar subiu, em média, 2,2 milímetros por ano durante o período. Segundo os pesquisadores, outro um terço desse aumento seria causado pelo derretimento dos mantos de gelo, e o restante pela expansão térmica da água do mar. “Como a massa global das geleiras é relativamente pequena em comparação aos grandes mantos de gelo, os pesquisadores tendem a não se preocupar com elas. Mas nosso estudo mostra que elas são como um pequeno balde com um grande furo no fundo: ele não deve durar muito — apenas um século ou dois —, mas enquanto houver gelo nas geleiras, elas serão responsáveis por uma grande parte do aumento no nível do mar”, diz Tad Pfeffer, glaciologista da Universidade do Colorado.

MEDIDAS CONFLITANTES
As pesquisas anteriores sobre o derretimento das geleiras eram feitas apenas com base em dados coletados em terra. Os pesquisadores geralmente medem as massas de gelo do cume até uma das pontas da geleira, e extrapolam os dados para toda a área. Esse tipo de técnica costuma ser muito boa para medir massas pequenas e individuais, mas tende a superestimar a perda de gelo em regiões maiores. “Observações em terra costumam ser possíveis apenas nas geleiras mais acessíveis, onde o derretimento é mais rápido do que a média”, disse Gardner.

Para corrigir as distorções, o estudo também usou dados de dois satélites da Nasa: o ICESat e o Grace. O primeiro, que parou de funcionar em 2009, media a altura das geleiras por meio de pulsos de laser que lançava em direção ao solo. Já o Grace, ainda operacional, é capaz de detectar variações no campo gravitacional da Terra que são resultantes de mudanças na distribuição de massa no planeta, incluindo alterações nas massas de gelo. Ao contrário das estimativas terrestres, os satélites não são bons para medir pequenas geleiras, mas medem muito bem as grandes regiões.

Juntando as informações, os pesquisadores descobriram que todas as 19 regiões estudadas perderam gelo entre 2003 e 2009. As geleiras que mais perderam massa ficam nas regiões árticas do Canadá, Alasca e Groenlândia, no sul dos Andes e no Himalaia. Em contraste, as geleiras periféricas da Antártida — pequenos corpos de gelo que não são conectados ao grande manto da região— contribuíram muito pouco para o aumento no nível do mar durante o período.

As estimativas atuais dizem que todas as geleiras do mundo contêm água suficiente para aumentar o nível do mar em sessenta centímetros. Em comparação, o manto de gelo da Groenlândia, que ocupa 1,7 milhão de quilômetros quadrados, tem o potencial de contribuir com cerca de seis metros de água; enquanto o da Antártida, ocupando 14 milhões de quilômetros quadrados, pode contribuir com pouco menos de sessenta metros.

Novo modelo de "teste de DNA" para identificar câncer


Londres - A Grã-Bretanha lançou um programa de pesquisa na segunda-feira que poderá permitir que os pacientes com câncer tenham acesso ao tipo de teste genético que levou a estrela de Hollywood Angelina Jolie a decidir se submeter a uma mastectomia dupla.

O projeto, que inclui o Instituto de Pesquisa do Câncer (ICR, na sigla em inglês) de Londres, a empresa de sequenciamento genético dos EUA Illumina, geneticistas e oncologistas, têm como objetivo encontrar formas que permitam testar mais genes ligados ao câncer em mais pessoas.

Pesquisadores anunciram o projeto com investimento estimado em 4 milhões de dólares, financiado pela instituição de caridade da área médica Wellcome Trust. Ressaltaram, no entanto, que não foi uma resposta às informações divulgadas na semana passada sobre a decisão de Jolie se submeter à retirada das mamas para reduzir o risco de câncer.

"O que estamos tentando fazer aqui é desenvolver processos que permitam o uso abrangente e sistemático de informação genética na medicina da área de câncer de modo que (mais pessoas) sejam capazes de se beneficiar dos tipos de informações e situações que ouviram falar na semana passada (com a história de Jolie)", afirmou Nazneen Rahman, chefe de genética do ICR e líder no novo projeto.

Mutações em alguns genes, conhecidos como genes de predisposição ao câncer, aumentam o risco de uma pessoa ter câncer.



Angelina Jolie obteve teste positivo para uma mutação genética de alto risco, que a deixa cerca de cinco vezes mais propensa a desenvolver câncer de mama do que as mulheres que não possuem esta mutação, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos EUA.

Há cerca de 100 outros genes ligados à predisposição ao câncer conhecidos, mas na Grã-Bretanha, onde a maior parte do serviço de saúde é coberta pelo Serviço Nacional de Saúde, financiado pelo contribuinte, o teste para esses genes é atualmente muito restrito.

Ainda assim, os avanços recentes na leitura do código genético, conhecida como sequenciamento genético, é agora mais rápida e mais barata do que nunca, abrindo caminho para que testes genéticos se tornem rotina para todos os pacientes com câncer.




"É muito importante saber se uma mutação no código genético de uma pessoa causou seu câncer", disse Rahman a repórteres em uma entrevista a jornalistas em Londres.

"Isso permite um tratamento mais personalizado, por isso, por exemplo, essas pessoas muitas vezes apresentam risco de outro tipo de câncer e podem optar por uma cirurgia mais abrangente, ou podem precisar de medicamentos diferentes, ou monitoramento extra." O programa, chamado Mainstreaming Cancer Genetics, vai usar um novo teste do Illumina chamado TruSight que pode analisar 97 genes de predisposição ao câncer dentro de algumas semanas, segundo Rahman.

O novo modelo será aplicado inicialmente em mulheres com câncer de mama ou câncer de ovário no Royal Marsden Hospital, em Londres, mas a equipe espera que, no futuro, possa ser usado em todo o país e para muitos outros tipos de câncer

por: Reuters
Fonte: Info Ciência

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Mais "novidades" sobre a Mudança Climática


Derretimento acentuado ajudou a mover o Pólo Norte para leste desde 2005





Da revista Nature

De acordo com um novo estudo publicado em Geophysical Research Letters, o aquecimento global está mudando a localização dos polos geográficos da Terra.

Pesquisadores da University of Texas, Austin, relatam que o derretimento acentuado da camada de gelo da Groenlândia – e em um grau menor, a perda de gelo em outras partes do globo – ajudaram a mover o Polo Norte vários centímetros todos os anos desde 2005.

“Houve uma grande mudança”, declara Jianli Chen, geofísico e principal autor do estudo.

De 1982 até 2005, o polo derivou para sudeste na direção de Labrador, no Canadá, a uma taxa de aproximadamente 2 miliarcosegundos – ou cerca de 6 centímetros – por ano. Mas em 2005 o polo mudou de curso e começou a galopar para leste na direção da Groenlândia a uma taxa de mais de 7 miliarcosegundos por ano.

Há muito tempo cientistas sabem que as localizações dos polos geográficos da Terra não são fixas. No curso de um ano, eles mudam sazonalmente conforme mudam as distribuições de neve, chuva e humidade da Terra. “Normalmente a mudança é circular, com uma oscilação”, explica Chen.

Mas subjacente ao movimento sazonal está um movimento anual que se acredita ser conduzido pela deriva continental. Foi a mudança nesse movimento que chamou a atenção de Chen e seus colegas, que usaram dados coletados pelo GRACE (Experimento de Clima e Recuperação de Gravidade, em tradução aproximada), da Nasa, para determinar se a perda de gelo tinha mudado e acelerado a deriva polar anual.

As sondas gêmeas do GRACE mediram mudanças no campo gravitacional da Terra, que podem ser usadas para acompanhar mudanças na distribuição de água e gelo. A equipe de Chen usou dados do GRACE para modelar como o derretimento de camadas de gelo afetam a distribuição de massa da Terra. Eles descobriram que a perda de gelo recém-acelerada e associada ao aumento do nível do mar foi responsável por mais de 90% da mudança polar pós-2005.

Os resultados sugerem que o acompanhamento de mudanças polares pode servir como sistema de verificação das estimativas recentes de perda de gelo, observa Erik Ivins, geofísico do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, Califórnia. Quando há perda de massa em uma parte de uma esfera em rotação, seu eixo de giro será alterado diretamente na direção da posição da perda, explica ele – exatamente como a equipe de Chen observou para  a Groenlândia. “Esse é um indicador único do local onde a massa é perdida”, conclui Ivins.

Cientistas podem localizar os polos norte e sul com uma precisão de 0,03 miliarcosegundos usando medidas do Sistema de Posicionamento Global para determinar o ângulo de rotação da Terra. De acordo com Chen, conhecer o movimento dos polos limita as estimativas de perda de gelo feitas por outros métodos.

E isso poderia ajudar cientistas que observam o gelo da Terra a preencher uma lacuna de dados entre o GRACE e seu substituto, o GRACE II, com lançamento agendado pela  Nasa para 2020. Pesquisadores também podem ser capazes de usar registros antigos de deriva polar para melhorar estimativas de perda e crescimento de gelo antes do advento do monitoramento por satélite.

Chen estima que dados sobre movimentos polares têm pelo menos um século, bem antes do advento de satélites de monitoramento terrestre. “Nós não temos um registro longo de medidas das camadas de gelo”, observa ele. “Mas em se tratando do movimento dos polos, o registro é bem longo”.

Este artigo foi reproduzido com permissão da revista Nature. O artigo foi publicado pela primeira vez em 14 de maio de 2013.

por: Richard A. Lovett e revista Nature
Fonte: Scientific American Brasil